terça-feira, 1 de fevereiro de 2011
quarta-feira, 17 de março de 2010
FUGA videodança
Um emaranhado de linhas desenha entre montanhas a cidade de Belo Horizonte organizando e compondo seu território urbano. São forças que orientam os corpos em trajetos previsíveis, dissolvendo suas ações na paisagem urbana borrada pelos excessos. Possíveis melodias desaparecem no ruído difuso da paisagem sonora Lo fi[1] da metrópole. Ao longe quase não há contrastes. Entretanto, ao direcionar o olhar, fragmentar os espaços, isolar sons e ouvi-los de perto, fazemos um recorte que extrai da paisagem quadros específicos que podem revelar possibilidades de ações fugazes entre as vias do cotidiano.
Equipe
VÍDEO E SOM
Philippe Lobo – Roteiro / direção / trilha sonora
Joacélio Baptista – videomaker
Luish Coelho – Direção de fotografia / videomaker
Wilson Souza – Trilha sonora
ELENCO:
Marcelle Louzada
Lourenço Marques
Karina Collaço
terça-feira, 16 de março de 2010
Intervenção no Museu (vazio) de Arte da Pampulha - Belo Horizonte - 2010
segunda-feira, 15 de março de 2010
®ótulos
O processo de ®ótulos se iniciou em 2008, quando foi apresentado no I Prêmio Quik de Estímulos às Artes, no Espaço Quik, situado em Nova Lima, no bairro Jardim Canadá. A partir daí, outras questões foram sendo apropriadas ao conceito, outras mídias foram sendo incorporadas, dando nova forma ao trabalho a partir das interfaces entre as mídias (e as modas). Em 2009,®ótulos foi apresentado em outro formato, no I Festival de Performance de Belo Horizonte. Nesta segunda exposição, percebemos que ®ótulos é um trabalho que se faz e se renova a cada ciclo, podendo ser modificado por completo, tornando-se, inclusive, irreconhecível a cada nova exposição ou embalagem.
domingo, 14 de março de 2010
®ótulos
Release
Partindo da idéia de que a qualificação das coisas e das pessoas são, hoje em dia, cada vez mais atribuídas em um nível superficial através de uma retórica marqueteira, a performance ®ótulos se utiliza da própria lógica da propaganda para construir um discurso estético-crítico permeado por palavra, som, imagem e movimento.
Poderemos descobrir o que há por traz dos rótulos sem ter que violar as embalagens?
Descrição conceitual Pormenorizada
Do útero materno para os primeiros rótulos: nome próprio, sobrenome, laços maternos e paternos. Somos um Silva, um Gomes, um Pinto, um Pereira. Possuímos uma linguagem própria de palavras articuladas, organizadas para estruturar um discurso dominante, representar nossos anseios. Já nascemos predestinados a instituições que moldam desejos. Participamos de um jogo de discursos que a vida aponta e evidencia em seus jogos de rivalidades, binariedades, regras de existência. Ocidentais, passamos pelo rótulo do Édipo e de seus complexos.
Somos institucionalizados desde vivos, inseridos numa sociedade contemporânea, capitalizada e globalizada, com seus signos, símbolos, estereótipos, limites e possibilidades! Cedo, aprendemos certos rótulos que moldam o universo social, que nos mantém inseridos num contexto padronizado, centralizado, tatuagens globalizantes que regem a história.
No bolso, RG, CPF, CNH, título eleitoral e o que for preciso para sustentar o rótulo de bom cidadão, enquadrado, defensor da moral e dos bons costumes. Nossas vestimentas, nossos carros, cigarros, geladeiras rotulam nossos estilos, modas, mídias vigentes, dando-nos a sensação de uma liberdade de escolha. Possuímos diversos rótulos que compramos a todo momento num intenso fluxo de produção/consumo. Colecionamos rótulos.
Superficializando a percepção, os rótulos, instituídos de sentidos imediatistas, são as alternativas que imperam frente ao desafio de refletir sobre as coisas, as pessoas e sobre si, fazendo reinar o discurso do consumo sem fim. E, como seria o rótulo do rótulo? Um meta-rótulo? Não é essa a questão. Mas a critica e a auto-critica podem transversalizar a superfície rotular para atingir um nível mais profundo das coisas e de si, desterritorializando as imediatisses para reterritorializar novas realidades.